Autoestima, Budismo, Psicologia e Erros nas Religiões

Por: Ryath (Inspirado por Marcelinho)

O Budismo tem a sua linguagem, a Psicologia tem a dela, e cada filosofia, ciência ou religião tem a própria linguagem.
Muitos budistas erram em querer falar coisas sobre o ego, sobre a autoestima, que é um tema que eles não dominam, e nem faz parte da sua área de atuação.
O Zen Budismo tem alguns ensinamentos, e esses ensinamentos dizem que com o progresso na prática deixamos de pensar em nós mesmos.
O Zen Budismo diz que no autoconhecimento pensamos em nós mesmos, mas quando nos autoconhecemos, deixamos de pensar me nós mesmos.
Isso é uma frase espirituosa, que levou a várias interpretações da radicalidade, onde as pessoas pensam que não devemos pensar em nós mesmos segundo a doutrina budista, e as pessoas treinam não pensar em si mesmas, mas não é assim que se ganha autoconhecimento.
O autoconhecimento se ganha, segundo o Budismo, com o Nobre Caminho Óctuplo, que inclui a prática do bem, se abster do mal, se esforçar para se autoconhecer, meditar e praticar a atenção plena.
Não é treinando deixar de pensar em si mesmo que isso vai acontecer.
O Zen tem frases muito espirituosas, mas não podemos levar elas para a radicalidade, onde a compreensão sobre ela abrange todos os lados, que o autor da frase nem pensou nisso.
Para a Psicologia a autoestima é imensamente importante, e ela é importante inclusive para amarmos os outros.
Existe quem diga que quem não ama a si mesmo, não consegue amar os outros.
Muitas pessoas do Zen interpretam que não devemos pensar em nós mesmos, quando na verdade isso é importantíssimo para o autoconhecimento.
O pensamento sobre si mesmo, como pensam alguns zens budistas deve ser um vazio total.
O Budismo ensina que para atingir os níveis mais altos de iluminação, não se pode pensar em si mesmo, e algumas pessoas em suas vidas, teriam muito autoconhecimento, além de saírem de problemas extremamente sofridos, se pensassem em si mesmos com amor e docilidade.
Ter autoamor não é uma coisa do ego, o amor nunca é uma coisa do ego.
O amor só nos torna mais felizes, pois trás sentimentos extremamente agradáveis.
Muitos iluminados se doam muito aos outros, e os outros se aproveitam deles por serem tão bons e ajudantes, fazendo esses seres que já atingiram o Nirvana sofrer muito, pois não são valorizados e nem considerados, são objetos para conseguir coisas.
Essas pessoas por serem muito desconsideradas, elas acabam com graves problemas de autoestima, sendo que com o autoconhecimento e transformação, perceberiam que foram muito usadas e porque não se valorizam, que foi o que aprenderam na vida.
É complexo isso.
O autoamor nos liberta de sermos usados pelos outros, pois quando somos usados, somos lixos, e sentimos inconscientemente ou conscientemente a desvalorização.
Quando a pessoa tem amor por si, ela pensa que não merece passar por isso, de ser usado, então muda.
Dificilmente ajudamos alguém quando somos usados, pois isso reforça no outro o habito de usar as pessoas, não muda ela, mantem o comportamento egoísta.
É complexo, pois parece que o iluminado está seguindo um ensinamento do Budismo, de não pensar em si, mas está causando sofrimento nesse ser que atingiu o Nirvana pela desvalorização e de ser usado.
É importante sim nos valorizarmos, nos amarmos muitas vezes.
Existem ensinamentos do Buda que dizem para termos compaixão com nós mesmos.
Compaixão é amor.
Muitos zen budistas ensinam que não é para pensarmos em nós mesmos, mas isso é contra o que a Psicologia chama de saudável.
O conceito da Psicologia de mente saudável é que quanto mais autoconhecimento temos, mais saudáveis somos, e a autoestima é autoconhecimento, que é conhecer o que somos de bom.
Para o Budismo, ele busca trazer muito autoconhecimento as pessoas, mas por não conhecer conceitos da Psicologia, e levando ensinamentos budistas para a radicalidade, pensam que a autoestima é contraria ao progresso da consciência, que para eles é não pensar em si, mas que para a Psicologia é o contrário, que precisamos enxergar nossos valores e nos amarmos, e que isso também é crescimento psicológico.
A Psicologia é uma ciência, que tem muitas comprovações, e é como Dalai Lama diz:
-Se um dia a ciência mostrar algo que difere do Budismo, eu fico com a ciência.
As religiões não gostam de se por como erradas, pois são instrumentos de fé, mas havendo pesquisa e filosofia nas religiões, poderia se averiguar verdades, testar ensinamentos, e se algo estiver errado, tudo bem, isso não invalida as verdades religiosas.
Mas as religiões não conseguem lidar muito bem permitindo averiguar erros, e rescrevendo suas convicções com pesquisas e filosofias.
Existem muitas provas do espiritual, e colocamos elas aqui no site, na nossa seção de ciência e religião.
Religião não é portadora de toda verdade, ela é feita por humanos que podem cometer erros, tanto bem intencionados como maus intencionados.
O fato de haver pesquisa e filosofia nas religiões, onde podemos provar ou não provar verdades, isso mostra o que existe de real de fato. 
Existem muitas pesquisas em fenômenos espirituais, e eles não são muito divulgados, mas mostram que o espiritual existe, que as religiões estão certas em muitas coisas, mas para melhorar elas, elas poderiam assumir que podem haver erros nelas, e partir para pesquisa e filosofia, para achar as verdades.
Isso é um pensamento de muita humildade e simplicidade, de poder averiguar erros e acertos religiosos, não somente no Budismo, mas em todas as religiões, que tem tantas semelhanças.
As religiões dominantes não querem que saibamos das igualdades das religiões, pois assim outras religiões além deles podem estar certas, mas eles não admitem isso, pois perderiam poder e dinheiro.
Poderia existir muitas pesquisas, o ser humano tem se mostrado genial em fazer provas, montar pesquisas que averiguam a fé, veja na nossa seção: Ciência e Religião.
As religiões não precisam estar sempre certas, isso é ego, elas precisam ensinar o bem e o autoconhecimento, nos ajudar e trazer conforto para a vida, sabendo que a existência não acaba, que sempre vamos viver eternamente.
Fiquem com luz
Seres de luz
Marcelinho

 

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